Quem foi Le Corbusier?
Quem é do ramo da arquitetura muito provavelmente já ouviu falar em Le Corbusier, mesmo que não conheça tão bem sua história e suas obras. Na verdade, o nome verdadeiro de Le Corbusier era Charles-Edouard Jeanneret Gris. Esse talentoso arquiteto foi uma grande influência na arquitetura e urbanismo, sendo considerado o arquiteto mais importante do século 20.
Le Corbusier nasceu na Suíça, em outubro de 1887, e se destacou desde cedo. Seu primeiro trabalho foi em 1906, quando projetou a casa de um fabricante de relógios. A partir daí, procurou estudar a fundo e crescer na área da arquitetura. Além de arquiteto, Le Corbusier também era pintor e escultor.
O arquiteto é também conhecido por ser o pai do Brutalismo, que ele chamava de estilo béton brut, que significa “concreto exposto”. Em sua arquitetura, Le Corbusier construiu principalmente com aço e concreto armado e trabalhou com formas geométricas elementares. A pintura de Le Corbusier enfatizava formas e estruturas claras, que correspondiam à sua arquitetura.
A Arquitetura de Le Corbusier Pelo Mundo
Em 1929, ele visitou o Brasil pela primeira vez, onde participou da organização do I Congresso Internacional de Arquitetura Moderna.
Em 1946 trabalhou ao lado de ninguém menos que Oscar Niemeyer, participando dos estudos para a edificação da sede da ONU, em Nova Iorque.
Le Corbusier retornou ao Brasil no ano de 1936 para trabalhar no projeto do prédio do Ministério da Educação e Saúde. Por ser o idealizador do Congresso Internacional de Arquitetura Moderna, suas ideias serviram de influência para a arquitetura moderna no país.
As obras arquitetônicas de Le Corbusier estão espalhadas por vários países como: França, Suíça, Bélgica, Índia, Japão, Alemanha, Argentina e Brasil. Essas construções estão na lista de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.
Suas obras se destacam por serem muitas vezes retas e às vezes pontiagudas, e pelo concreto em evidência dão a impressão de que não foram finalizadas.
A Ville Radieuse de Le Corbusier
Um dos projetos mais ambiciosos de Le Corbusier era a Ville Radieuse, que significa Vila Radiante, apresentado pela primeira vez em 1924.
Conhecida como a Cidade do Futuro, ela teria meios de transporte eficientes, muitos espaços verdes e luz solar. A cidade seria dividida em áreas comerciais, residenciais e de entretenimento. O distrito comercial estaria localizado no centro, e teria mega arranha-céus, que chegariam a uma altura de 200 metros, podendo acomodar de quinhentas a oitocentas mil pessoas.
No centro desse distrito ficaria a plataforma de transporte principal, e dali um vasto sistema subterrâneo de trens transportaria os cidadãos por toda a cidade.
Os bairros iriam conter prédios de até 50 metros de altura chamados “Unité”, e em cada um desses edifícios poderia ser acomodado cerca de 2700 pessoas. Entre essas Unité haveria parques, onde haveria muita luz natural e grande redução de ruídos, além de instalações recreativas.
Há algumas semelhanças da Ville Radieuse de Le Corbusier com a EPCOT, da Disney. Isso porque esse lugar, projetado pelo visionário Walt Disney, que hoje é um parque gigantesco, foi desenhada para ser uma cidade parecida com a de La Corbusier, claro, com um design mais arredondado. A ideia de Walt Disney não foi adiante por conta das dificuldades em manter, operar e governar a cidade.
Sofás e Poltronas Le Corbusier
E para quem pensa que esse arquiteto trabalhou apenas com grandes obras, se engana. Ele também era designer de móveis, e suas ideias influenciam essa área até hoje. Se você encontrar sofás ou poltronas mais quadrados e com armações de metal, esses são os chamados sofás Le Corbusier.
Uma das famosas frases do arquiteto era “uma casa é uma máquina para viver”. E ele conseguiu expressar isso ao desenhar esses sofás, pois se uma casa é uma máquina para viver, ela deve ser confortável, aconchegante. As pessoas devem se sentir bem nela.
Uma das frases mais marcantes do genial Le Corbusier diz muito sobre a arquitetura:
“A arquitetura é o jogo sábio, correto e magnífico dos volumes dispostos sob a luz”.